.Há mais de 2 meses em Angola, seria imperdoável não ter
provado as iguarias da terra, tão afamadas como o funge, a
kissangua, a carne e peixe secos ou o cabrito.
Dá-nos um ar de retornados e quando damos por nós
estamos a falar nganguela ou umbundu.
Toda esta afeição aos costumes da terra ganham um valor
especial quando somos agraciados com a hospitalidade dos
locais. Num instante nos fazemos num deles.
Na província mais distante de Luanda, a variedade de
ingredientes é limitada e os preços obedecem à imagnação
de cada um (sempre em sentido ascendente).
Dada a duvidosa conservação dos alimentos "frescos"
(ontem comprei uma dúzia de ovos. Nenhum se aproveitou.
Nem um!) somos obrigados a manter uma dieta muito linear.
Massa com conserva, conserva com massa, arroz com conserva,
conserva com arroz, por vezes pão e leite em pó.
Confesso que ao fim de 64 dias me fazia falta algo original
para elevar o momento da refeição a um nível há já muito
desejado. Desde já agradeço a sugestão, do
Aerograma -
Rösti.
O único senão na sugestão do amigo Afonso é a batata que
escasseia por estes lados, e o queijo que ainda não encontrei
em estado minimamente razoável e a fruta que nem
sempre há e os cogumelos e as passas, que também não
aparecem por aqui.
Faço um apelo aos mais experientes na Angola profunda,
para sugestões gastronómicas que se limitem ao arroz,
massas, azeite, salsichas, atum e pão. (Confesso que carne
seca, peixe seco e funge não me enchem o olho).
Tuna Sakuila
Tuapandula